A viagem até Hong Kong, desta vez usando a companhia aére SAS, o avião utilizado foi um DC-8 Super Fan, superconfortável, com assentos bem espaços e um serviço a bordo maravilhoso, o melhor que conheci até então.
O vôo foi de Compenhague para Bangkok, com escala no aeroporto de Tashkent.
Durante o vôo e já nas proximidades de Tashkent, choveu torrencialmente e os relampagos eram imensos, iluminando todo o céu, podendo ver-se alguns aviões voando a menos altitue, mas felizmente a viagem decorreu sem incidentes.
Antes de o avião aterrar podemos er uma vista geral da cidade, na altura pertencente à URSS, hoje uma das maiores cidades e capital do Uzbequistão.
Portugal nessa altuta não tinha ligações diplomáticas com a Russia, ainda hoje não sei como me foi autorizado fazer aquela viagem passando pela Russia.
O avião estacionou numa aéra do aeroporto, perto da gare principal, entraram alguns funcionários dos serviços de migração, os quais colocaram uma secretaria na parte traseira do avião, e ali, ainda dentro do avião, verificaram os passaportes.
Eram funcionários de corpulência enorme e nada simpáticos, quando lhes entreguei o passaporte, olharam para mim, com olhos de cordeiro morto, e rispidamente me perguntaram onde estavam os miúdos, já que estes estavam incluindo no meu passaporte, disse-hes que estavam ali, e de novo com modos rudes pediram para eu os levantar para eles verem.
Dali saimos para a gare acompanhados por uma funcionário, que penso ser do KGB. As isntaçãoes do aeroporto eram pequenas e rudimentares. A senhora, aliás várias senhoras da tal KGB não nos deixavam andar à nossa vontade para onde iamos vinha logo uma, e sempre com a mesma retórica sobre o comunismo.
Uma me perguntou qual era a minha nacionalidade, tendo-a informado ser protuguês, então a senhora foi buscar vários livros de propaganda comunista e me entregando, vendo que eu estva interessado naquele tipo de livros, informou não possuir mais em português, mas se eu soubesse inglês ou francês ela me daria mais alguns e assim foi, vim super carregado de livros.
Ainda na gare do aeroporto, tive necessida de usar a casa de banho, estava muito bem urinando, numa casa de banho, com pouco luz, quando senti que alguém estava ali bem perto de mim, virei e dei de caras com uma mocetona russa com mais de dois metros de altura, com os braços cruzados olhando para mim.
Bem, nem acabei de urinar, e dali sai, sempre seguido pelo olhar da senhora que por certo seria mais um agente do KGB.
Volvidas cerca de duas horas seguimos para o avião sempre acompanhados das ditas agentes, é de referir que na gare do aeroporto nem água havia para beber, somente livros de propaganda.
A etapa seguinte decorreu maravilhosamente e volvidas algumas horas aterravamos de novo no aeroporto Don Muang em Bangkok, mas desta vez ficamos somente na sala em trânsito, seguindo depois para Hong Kong numa outra companhia aérea.
A companhia aérea SAS a utilizei ainda por muitas e variadas vezes em vôos entre Compenhague e Lisboa e Bangkok - Singapura.
O cabeçalho vale tudo!!! Com muita imaginação
ResponderExcluirAbraço